No movimento estudantil univertário é antiga a crítica ao distanciamento da universidade da realidade da maioria da população, principalmente da realidade das camadas mais pobres da população. Foi a partir desta crítica que surgiu a experiência dos Estágios Interdisciplinares de Vivência (EIV´s), inicialmente a partir da Federação dos Estudantes de Agronomia do Brasil (FEAB), mas hoje já se constituindo numa iniciativa que envolve Diretórios Acadêmicos e Diretórios Centrais de várias universidades e também executivas de diferentes cursos.
Foi na esteira do reascenso das mobilizações camponesas por reforma agrária que ganharam força nos anos 80 do século passado que o primeiro estágio de vivência foi organizado. A primeira experiência deste estágio foi organizado em Dourados/MS pela FEAB em 1989. De lá para cá os estágios evoluíram, se complexificaram, passando a ser interdisciplinar, buscando articular o olhar de diferentes campos do conhecimentoa vivência da realidade de comunidades de quilombolas, assentados, indígenas. Registri-se que espelhado na experiência dos EIV´s surgiram experiências como a do VERSUS, vivência no Sistema Único de Saúde, organizado pelas executivas de estudantes da área de saúde e ensaia-se a construção de estágios junto a realidade urbana.
No Estágio Interdisciplinar de Vivência, um grupo de estudantes adiquire conhecimentos teóricos e praticos sobre a realidade de movimentos sociais do campo. Estes conhecimentos são adquiridos a longo das 3 fases do estágio, que são uma primeira de preparação e estudo de alguns conteúdos, uma segunda e mais longa etapa de vivência propriamente dita junta a realidade das comunidades e uma terceira etapa de avaliação e discussão sobre a realidade vivenciada. Na primeira e na última fase, discutem-se temas como questão agrária, modelo de desenvolvimento agrícola e agrário, conjuntura nacional e internacional, o papel da universidade, o movimento estudantil, gênero, história dos movimentos sociais do campo, entre outros temas.
Dando sequência a esta experiência exitosa, diversas organizações e intituições (ENEV, FEAB, UFSM, MST, ABEEF, DCE UFSM, GATS, NARUA, MDA/Gov. Federal, Projeto Residência Agrária/UFSM) estão envolvidos na viabilização de um EIV junto a assentamentos do MST no RS. Este EIV será realizado entre os dias 05 a 26 de Fevereiro, envolvendo estudantes de diversas universidades do Brasil e do exterior e cuja vivência será realizada junto a vários assentamentos do RS. Sem dúvida, assim vai se consolidando uma criativa iniciativa do movimento estudantil em parceria com movimentos do campo que coloca uma interrogação a perspectiva descolada, alheia, indiferente ou perversa com que parte da instituição universidade se coloca diante da realidade empobrecida das maiorias do Brasil.
Dando sequência a esta experiência exitosa, diversas organizações e intituições (ENEV, FEAB, UFSM, MST, ABEEF, DCE UFSM, GATS, NARUA, MDA/Gov. Federal, Projeto Residência Agrária/UFSM) estão envolvidos na viabilização de um EIV junto a assentamentos do MST no RS. Este EIV será realizado entre os dias 05 a 26 de Fevereiro, envolvendo estudantes de diversas universidades do Brasil e do exterior e cuja vivência será realizada junto a vários assentamentos do RS. Sem dúvida, assim vai se consolidando uma criativa iniciativa do movimento estudantil em parceria com movimentos do campo que coloca uma interrogação a perspectiva descolada, alheia, indiferente ou perversa com que parte da instituição universidade se coloca diante da realidade empobrecida das maiorias do Brasil.

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